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#SempreUmPapoEmCasa fala sobre o Museu Casa Guimarães Rosa, de Cordisburgo

Ronaldo Alves - credito Fabio Barbosa .j

Fabio Barbosa

Ronaldo Alves de Oliveira, coordenador do Museu Casa Guimarães Rosa, é o convidado do Sempre Um Papo para falar sobre o espaço, inaugurado em 30 de março de 1974, na casa onde Guimarães Rosa nasceu e passou sua infância, em Cordisburgo. O Museu foi concebido como centro de referência da vida e obra do escritor. Essa será mais uma edição virtual do “Sempre um Papo” com transmissão ao vivo no Youtube, Instagram e Facebook do Projeto. O encontro será mediado por Afonso Borges e vai acontecer no dia 22 de setembro, terça-feira, às 18h.

 

O Sempre Um Papo realiza uma série de conversas com escritores e artistas de algumas cidades de Minas Gerais, no intuito de valorizar a arte da região. As atividades integram o #SempreUmPapoEmCasa, sequência de eventos patrocinados pela Cemig com recursos da Lei Estadual de Incentivo à Cultura de Minas Gerais.

 

Ronaldo Alves de Oliveira nasceu em Cordisburgo, em 1964. Graduado em História e Pedagogia, é coordenador do Museu Casa Guimarães Rosa, desde 1992. No Museu, além de cuidar da administração, coordena a realização de diversas atividades educativas e culturais junto às escolas locais e a comunidade (oficinas, educação patrimonial, exibição de filmes, etc). Anualmente, a programação do Museu Casa Guimarães Rosa realiza a Semana Rosiana, sendo que este ano a 32ª  edição aconteceu de forma virtual, devido à pandemia da Covid19. O Museu recebe anualmente cerca de 28 mil visitantes.

 

 

O Museu Casa Guimarães Rosa / MCGR, vinculado à Diretoria de Museus da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais, foi idealizado no contexto de dois acontecimentos: o falecimento repentino de João Guimarães Rosa em 19 novembro de 1967 e a criação no ano de 1971 do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artísitico de Minas Gerais – IEPHA / MG. Localizada na Rua Padre João número 744, esquina com a Travessa Guimarães Rosa, a casa de arquitetura modesta, construída em fins do século XIX e princípios do XX, é exemplar destinado à moradia, com sala, quartos, cozinha e com pequeno comércio em cômodo da frente. Apresenta varanda lateral, cunhais de madeira pintada, paredes de adobe, cobertura em duas águas, vãos internos em linhas retas e acabamento singelo. Inaugurado em 30 de março de 1974, na casa onde Guimarães Rosa nasceu e passou sua infância em Cordisburgo, o Museu foi concebido como centro de referência da vida e obra do escritor. Possui uma coleção de aproximadamente 700 documentos textuais, dentre os quais se destacam registros pessoais (certidões, correspondências, discursos, originais manuscritos ou datilografados, a exemplo de Tutaméia, última obra publicada). Além do acervo literário, preserva outros registros da vida de Guimarães Rosa como médico e diplomata, objetos de uso pessoal, vestuário, utensílios domésticos, mobiliário e fragmentos do universo rural presente na literatura rosiana. Grande parte do acervo do Museu foi doado por sua filha Vilma Guimarães Rosa Revees e por D. Aracy Moebius de Carvalho Guimarães Rosa, sua segunda esposa. 

Na década de 1980, o Museu sofreu algumas intervenções onde foram organizados seus documentos textuais e executado um novo projeto expográfico, com a reconstituição do estabelecimento comercial mantido pelo seu pai Florduardo Pinto Rosa que funcionava em um cômodo integrado à residência da família, como era de costume nas pequenas cidades do interior de Minas. O comércio era conhecido como a Venda do “Seo Fulô”. 

No ano de 2012 foi inaugurada a Nova Exposição Permanente do Museu conhecida como “Rosa dos Tempos, Rosa dos Ventos”, que teve como curador o Sr. Leonardo José Magalhães Gomes. Trata-se de evidenciar, por meio de uma nova exposição, a inserção do Museu numa região, que é entendida como cenário e ambiente de experiências vividas e recriadas na produção literária de Guimarães Rosa. À maneira de um portal, o Museu apresenta ao visitante as inúmeras possibilidades de se mergulhar na paisagem do cerrado e na cultura do sertão mineiro. 

O Museu Casa Guimarães Rosa constitui hoje, referência importante para o turismo em Minas, integrando o roteiro tradicional de visitas à Gruta do Maquiné e arredores. Mas, para além desse turismo convencional, responsável por expressivo número de visitantes, o Museu vem se firmando, desde a década de 1980, como centro de atração de pesquisadores nacionais e internacionais, interessados em conhecer o seu acervo museológico, bem como o patrimônio cultural e ambiental disperso nas áreas urbana e rural do município de Cordisburgo. 

A participação efetiva da comunidade junto ao Museu, resultaram em projetos e atividades que vêm ampliando a atuação museológica para além dos limites estritamente institucionais. São projetos, eventos e atividades que visam divulgar a obra do escritor para o turista e, sobretudo, para a população local. São eles: A formação e manutenção do Grupo de Contadores de Estórias Miguilim que atuam no Museu Casa Guimarães Rosa; A Semana Rosiana realizada em Parceria com a Academia Cordisburguense de Letras que acontece a mais de 30 anos em data próxima ao aniversário de nascimento do escritor; são realizadas as caminhadas Literária urbana que percorre locais dentro de Cordisburgo como a antiga Estação Ferroviária, a Capela de São José, Igreja do Sagrado Coração de Jesus e o próprio Museu e a caminhada eco-literária que percorre um itinerário rural. Estas caminhadas são realizadas pelo Grupo Caminhos do Sertão e elas permitem aos participantes conhecerem a paisagem do cerrado, a cultura do sertão e a Cidade de Cordisburgo que foram muito bem descritas por Guimarães rosa em sua obra literária. 

#SempreUmPapoEmCasa com Ronaldo Alves de Oliveira, do Museu Casa Guimarães Rosa 

Dia 22 de setembro, terça-feira, às 18h, no canais web do Sempre Um Papo: Youtube, no Facebook e Instagram

 

Informações: www.sempreumpapo.com.br

 

Informações para a imprensa:

Jozane Faleiro – jozane@sempreumpapo.com.br / 31 992046367

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