Ministério da Cidadania e Banco do Brasil apresenta e
patrocina “Neblina”
Uma produção da Rubim Produções com texto inédito de Sérgio Roveri, direção de Yara de Novaes e elenco formado por Leonardo Fernandes e Fafá Rennó,
peça estreia dia 10 de janeiro no CCBB BH e segue temporada até 17 de fevereiro
Belo Horizonte é a cidade escolhida para a estreia de “Neblina”, peça que tem projeto idealizado por Leonardo Fernandes e Tatyana Rubim, com texto inédito escrito por Sérgio Roveri, a pedido do ator. A atriz Fafá Rennó divide o palco com Leonardo Fernandes para contarem o drama de Diego e Sofia, alteregos de Rafael e Júlia, que se passa em uma noite fria, escura e com muita neblina. Questões existenciais relacionadas a como lidar com a perda, o luto, o sofrimento e formas de alcançar a superação estão inseridas na história desse misterioso casal. Leonardo e Tatyana convidaram nomes de referência na cena teatral como Yara de Novaes que assina a direção, André Cortez no cenário, Dr Morris na trilha musical, a bailarina Eliatrice Gischewski na preparação corporal e Daniel Faria na assistência de direção. A montagem estreia no dia 10 de janeiro de 2020 e segue temporada até o dia 17 de fevereiro, sempre de sexta a segunda-feira, às 20h, no CCBB BH. Depois, o espetáculo segue em temporada para mais três capitais: de 24 de abril a 15 de junho, no CCBB São Paulo; 17 de junho a 26 de julho, no CCBB Rio de Janeiro; e 9 de agosto a 13 de setembro, no CCBB Brasília.
“Neblina” é apresentado pelo Ministério da Cidadania e o Banco do Brasil apresenta e patrocina a montagem, com recursos da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
No roteiro, depois de passar com o carro sobre uma pedra no trevo de uma estrada deserta, uma mulher, Sofia (Fafá Rennó), caminha mais de uma hora em busca de socorro, até encontrar uma casa com as luzes acesas. É a casa de Diego (Leonardo Fernandes), um homem solitário e de personalidade pouca amistosa. O frio e a neblina daquela madrugada obrigarão Sofia a esperar até o amanhecer para poder partir. Estranhamente, o amanhecer para os dois personagens demora muito a chegar.
Texto
A intenção de montar o espetáculo partiu do ator Leonardo Fernandes, conhecido por importantes papéis no teatro e cinema, sendo o primeiro ator mineiro, em 60 anos, a receber o prêmio APCA de melhor ator (2017), da Associação Paulista dos Críticos de Artes, pelo solo “Cachorro Enterrado Vivo”. Em 2018, ele convidou Sérgio Roveri (Prêmio Shell de melhor autor por “Abre as asas sobre nós”) para escrever o texto, tendo como ponto de partida apenas uma imagem que tinha em mente e que ele mostrou ao autor como poderia acontecer. “O Sérgio já tinha me assistido e eu a ele. Somos amigos e tínhamos uma vontade de trabalhar juntos. Mostrei a cena na sala da casa dele. Ele viu e disse que já sabia o que fazer. E, depois de poucas semanas, ele já me mandou a primeira cena”. Roveri conta que escreveu toda a peça em três semanas. “Quando ele me pediu o texto, eu fiquei livre para pensar em qualquer coisa, mas tentando obedecer essa única imagem que o Leo me passou, que é de um acidente de carro. Quando eu comecei a história eu não sabia para onde ela iria, eu tinha essa primeira imagem de uma mulher (Sofia) batendo na casa de um cara, de madrugada. E ele (Diego) com medo de abrir a porta, por morar em uma casa afastada, e por já ser quase meia noite e ter muita neblina”, conta.
Montagem
Com o texto em mãos, Leonardo Fernandes convidou Eliatrice Gischewski, que já havia feito a preparação corporal na peça “Cachorro enterrado vivo” e fez a preparação e assistência de direção de “Sonho das pérolas”, texto de Sérgio Roveri dirigido por Leonardo e que acabou estreando antes de “Neblina”, em 2019. Depois, ele e a produtora cultural Tatyana Rubim se reencontraram (já haviam trabalhado juntos em “Horácio”) para levantar recursos e montar a equipe para levar o espetáculo ao palco. “Eu sempre tive vontade de trabalhar novamente com a Tatyana, somos amigos de muitos anos. Nunca tinha trabalhado com a Yara, sou completamente fã e admirador do trabalho dela e queria muito que ela me dirigisse. Fafá fizemos apenas uma leitura juntos e está sendo uma ótima experiência estar junto com estes profissionais que tanto admiro”, revela o ator.
Tatyana Rubim conta que a sua produtora, a Rubim Produções, fazia tempo que não construía um espetáculo desde o começo. “Volta e meia a gente faz isso, nossa equipe sente a necessidade de produzir um projeto desde o início e essa parceria com o CCBB foi fundamental. E, quando a instituição trouxe essa possibilidade da gente rodar em quatro CCBBs do país, foi um encantamento para todos. Esperamos que o público realmente seja tocado por Neblina”, diz. E a equipe foi formada com esmero, por profissionais de confiança e reconhecidos na cena. “Há muito tempo eu trabalho com o André Cortez, eu já havia trabalhado com o DR Morris, em Saltimbancos. E tinha um sonho de trabalhar com a Yara, ela dirigindo alguma produção que fizéssemos. Eu e Leo falamos desse nosso desejo em ter ela conosco. Yara é uma profissional incrível, como atriz e como diretora, com uma sensibilidade ímpar. E o que ela faz dentro da sala de ensaio é um tratado poético. Ela pega um texto, as ideias, as dores, os amores, as referências e, com maestria, vai desenhando cada cena, construindo cada personagem”, explica Tatyana.
Yara comenta que recebeu com alegria ao convite para integrar a equipe de “Neblina”. “O Leo e a Taty são pessoas que em algum momento eu já encontrei na vida, seja profissionalmente ou como espectadora, e a gente sempre alimentou uma vontade de trabalhar juntos. A Tati eu já trabalhei em alguns momentos e foi muito feliz todos os pequenos encontros que tivemos. Eu sempre quis atuar com o Leo ou dirigí-lo. Juntos, convidamos a Fafá Rennó, atriz que eu já dirigi em SP. São dois atores que no ensaio, por muitas vezes, eu fico assistindo ao que eles fazem e ao que criam. São atores com muita presença, com muitos recursos e muita habilidade. O ensaio é de muita descoberta e harmonia”.
Sobre o roteiro, a diretora explica que os textos de Sérgio Roveri são com muitas camadas. “É um texto que parece simples à primeira vista e quando você se debruça, percebe que é um texto muito fundo, cheio de camadas, que quer dizer muito mais do que as palavras dizem. São textos que vêm com uma vida anterior, as palavras são só o resultado dessa vida que ele consegue gerar ali, em lugares muito profundos. A gente tem visto isso enquanto estamos estudando o texto ou já montando a cena ou estudando em cena o texto. Percebemos que em muitas vezes a gente não compreendeu o absoluto daquele texto. Ele sempre tem um mistério pra nos oferecer, não esse mistério da trama, mas um mistério humano pra nos oferecer.” Para ela, na montagem, o grande desafio é conseguir, através do texto, saltar para um lugar que seja mais transcendente. “É um texto que pede o transcendente”, acredita.
A trama se passa praticamente na casa de Diego que recebe a inesperada visita de Sofia. Eles vão se conhecendo e o público segue junto neste diálogo da descoberta. Para o autor, a palavra chave do espetáculo é a verdade. “Cada elemento ou cada agente da peça, elenco, direção, cenário, trilha, eles têm que compor um jogo verdadeiro. O grande desafio da peça nesse sentido é o seguinte: se tiver um rabinho de mentira aparecendo, a estrutura desse casal desmonta. A Sofia tem que acreditar em tudo que o Diego está dizendo e ele precisa acreditar em tudo que a Sofia está dizendo e fazendo. É a crença daquilo que eles estão vivendo naquela noite específica, que faz o fechamento da trama ser tão impactante e surpreendente”.
E é aos poucos que este casal vai se mostrando ao público. Leonardo Fernandes revela que talvez “Neblina” seja o espetáculo mais difícil que já fez. “Isso no sentido de falar sobre o espetáculo, porque a cada momento do texto coisas muito importantes vão se revelando para a plateia. Então, dizer sobre ele é difícil. Como ator, preciso ficar escondendo essas informações para que o público tenha uma surpresa melhor. O espetáculo é repleto de reflexões existenciais, espirituais, que toca em um lugar muito forte, nesse sentido de permanência e de o que fazer”, adianta o ator.
A diretora acredita que a peça quer propor a inexorabilidade da vida. “A morte é algo muito certo, assim como a perda. No entanto, a gente evita isso o tempo inteiro. Compreendemos a morte, nós ocidentais, como o fim e não como uma transformação ou um correr natural da vida. E essa é a grande dor, a gente tem a tendência a querer manter tudo como está, é muito difícil aceitar que as coisas se transformam”, reflete Yara.
Para Sérgio Roveri, o espetáculo traz aquilo que a gente está disposto a fazer em busca da superação. “É uma peça que mostra que o ser humano não conhece limites ou ele é desafiado a extrapolar os seus limites em nome da superação, em busca de um novo dia, de uma nova manhã, de uma reinvenção da vida. E apesar de não estar certo do que você está fazendo, você faz. Os personagens são movidos por essa intenção boa no sentido de manter a vida, a sanidade, o relacionamento. A peça é uma demonstração de força de seres humanos que não desistem.”
Tatyana Rubim conta que, depois do desejo de trabalhar novamente com o ator Leonardo Fernandes, o que a atraiu ao projeto foi o texto. “Isso por “Neblina” falar de perda, de luto e da forma de superação que eles encontraram para sublimar essa dor, me causou muita curiosidade. Também me tocou a capacidade humana em se transformar frente a um trauma. É um assunto muito importante de ser tratado para as pessoas. Qual a família que não passa por um trauma? E minha expectativa é de realmente trazer uma reflexão legal para o público”, adianta Tatyana.
O cenário é assinado pelo premiado André Cortez (três Prêmios Shell), que trouxe esse ambiente de transcendência para o palco. “Quando conversamos sobre esse espaço, que tem uma função dramatúrgica, a gente entendeu que ele precisaria ser espiritual, um espaço que pudesse promover essas metáforas, que o próprio texto sugere ou evoca. É um espaço a princípio vazio, com um pêndulo, que é uma pedra”, adianta Yara.
A diretora conta que a trilha sonora, assinada pelo premiado Dr Morris, também é uma personagem na peça.“A trilha acompanha as personagens. Dá chão a elas, ou faz com que elas tenham a possibilidade de sair daquele espaço, daquele tempo”. No palco, Leonardo Fernandes também toca violão. “A música que eu toco tem o papel de elevar, de mexer um pouco no espírito desse casal, que está passando por uma noite difícil. A música ali tem um papel de escape”, revela. Leonardo também assina o figurino e para ele “o papel do figurino é reforçar essa sensação do que os personagens estão buscando nessa jornada”.
Referentes aos elementos cênicos de “Neblina”, Yara de Novaes explica que eles estão no palco para contribuir na fala desse fluxo incessante do viver e do morrer. “Estão para ajudar a compreender que tudo é impermanente, que nada vai ser como é pra sempre. Eu acho que é isso que todos nós estamos procurando, uma compreensão muito profunda dessa impermanência”.
Ficha técnica: “Neblina”
PATROCÍNIO: Banco do Brasil / CO-PATROCÍNIO: Livelo / ELENCO: Fafá Rennó e Leonardo Fernandes. Stand in Fafá Rennó: Raquel Lauar / EQUIPE ARTÍSTICA . Idealização: Leonardo Fernandes e Tatyana Rubim / Direção: Yara de Novaes / Direção de Produção: Tatyana Rubim / Cenário: André Cortez / Trilha Sonora Original: Dr Morris / Luz: Wagner Antônio / Preparação Corporal: Eliatrice Gischewski / Figurino: Ivana Neves e Leonardo Fernandes / Assistência de Figurino: Daniela Nogueira / Assistência de Direção: Daniel Faria / Estagiário de Direção: Cadu Cardoso / Aderecista: Marcelo Andrade / Operador de Som: Vinícius Alves / Operador de iluminação: Marcos Oliveira Alves / PROGRAMAÇÃO VISUAL . Projeto Gráfico: Estudio Ofício (Tiago de Macedo) / Fotografia do Projeto Gráfico: Alessandra Nohvais / Revisão de texto: Isadora Troncoso / ASSESSORIA DE IMPRENSA BELO HORIZONTE . Assessoria de Imprensa: Luz Comunicação . Jozane Faleiro / REALIZAÇÃO, PRODUÇÃO E ADMINISTRAÇÃO . Produção Executiva: Jhonathan Nicoletti / Equipe Rubim Produções: Sônia Branco Cerqueira, Bárbara Amaral, Juliana Peixoto, Mariana Angelis e Letícia Leiva
SERVIÇO: “Neblina”
Duração: 90 minutos. Classificação: 12 anos
Datas e horários: 10 de janeiro a 17 de fevereiro de 2020, sexta a segunda, às 20h.
Local: Teatro I – CCBB BH - Praça da Liberdade, 450 - Funcionários – Belo Horizonte (MG) - Lotação: 264 lugares
Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia entrada) / Venda de ingressos: bilheteria do teatro ou www.eventim.com.br / Clientes Banco do Brasil pagam meia-entrada e tem pré-venda exclusiva de 15 a 18/11. A partir do dia 20/11 a bilheteria está aberta para o público.
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Biografias
Leonardo Fernandes
Ator, diretor e professor de teatro, Leonardo Fernandes recebeu recentemente um dos mais importantes prêmios do país: APCA (Associação Paulista dos Críticos de Artes) de Melhor Ator por seu trabalho em “Cachorro Enterrado Vivo”. Integra o elenco de “Irmandade”, uma série original da Netflix, com direção de Pedro Morelli e lança este ano “Pérola”, filme dirigido por Murilo Benício, onde interpreta o dramaturgo brasileiro Mauro Rasi, ao lado de Drica Moraes. Seu trabalho mais recente no teatro foi “Casa Submersa”, de Kiko Marques (Velha Companhia). Neblina é seu décimo oitavo espetáculo profissional.
Fafá Rennó
Mineira de Belo Horizonte, Fafá Rennó, mora em São Paulo desde 2012. Co-fundadora e ex-Integrante da Cia de Teatro Luna Lunera, formada pelo CEFAR- Palácio das Artes e Bacharel em Jornalismo pela Universidade FUMEC-BH. Integrou diversas montagens teatrais sendo indicada a prêmios como atriz, diretora e dramaturga. Esteve no elenco das séries para TV “Beleza S/A”, “Que monstro te Mordeu?”, “Felizes para Sempre?” e em participações nas séries “Vade Retro” e “Assédio” da Rede Globo, bem como na terceira temporada de “PSI” da HBO. Seus trabalhos mais recentes são: a Personagem Renée na série do canal Gloob “Escola de Gênios”; A Dona Cebola no longa metragem da Turma da Mônica - “Laços” - dirigido por Daniel Rezende; e as participações nas séries “Samantha!”, “O Escolhido” e “Ninguém está Olhando” da NetFlix.