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FESTIVAL TEATRO EM MOVIMENTO APRESENTA O ESPETÁCULO “ELZA”

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foto: Leo Aversa

Musical que celebra Elza Soares, uma das  principais vozes da mulher negra brasileira, terá duas apresentações,  dias 24 e 25 de novembro, no Grande Theatro Unimed-BH do Cine Theatro Brasil Vallourec

 

Em sua 17ª edição, o Festival Teatro em Movimento recebe em sua programação o musical “Elza”. No palco estão sete atrizes negras: a protagonista Larissa Luz e as multifacetadas Janamô, Júlia Tizumba, Késia Estácio, Khrystal, Laís Lacorte e Verônica Bonfim, que juntas, evocam a figura de Elza Soares e personificam a trajetória da cantora carioca. Em cena, elas são acompanhadas por uma banda formada por seis mulheres musicistas que tocam, ao vivo, as principais canções que embalaram as seis décadas de carreira da artista. Com texto inédito de Vinícius Calderoni (5 a Seco) e direção de Duda Maia (Auê), o espetáculo tem a direção musical de Pedro Luís, Larissa Luz e Antônia Adnet. Além disso, o maestro Letieres Leite, da Orquestra Rumpilezz, foi o responsável pelos novos arranjos para clássicos do repertório da cantora, tais como Lama, O Meu Guri, A Carne e Se Acaso Você Chegasse. O musical “Elza” terá duas apresentações no Grande Theatro Unimed-BH do Cine Theatro Brasil Vallourec, dias 24 e 25 de novembro, sábado, às 20h e domingo, às 19h.  As duas sessões contarão com tradução em Libras. Haverá bate-papo com o elenco após a sessão de domingo. 

 

O projeto foi idealizado por Andrea Alves, da Sarau Agência, a partir de um convite da própria Elza e de seus produtores Juliano Almeida e Pedro Loureiro. Nacionalmente, o espetáculo tem o patrocínio da REDE. Na capital mineira, “Elza” é uma realização da 17ª edição do Festival Teatro em Movimento, com o patrocínio do Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo de 4,7mil médicos cooperados e colaboradores da Cooperativa, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

SOBRE O MUSICAL 

Na montagem, as atrizes se dividem ao viver Elza Soares em suas mais diversas fases e interpretam outros personagens, como os familiares e amigos da cantora, além de personalidades marcantes, como Ary Barroso (1903-1964), apresentador do programa onde se apresentou pela primeira vez, e Garrincha (1933-1983), que protagonizou com ela um notório relacionamento.

Ainda que muitos dos conhecidos episódios da vida da homenageada estejam no palco, a estrutura de “Elza” foge do formato convencional das biografias musicais. Se os personagens podem ser vividos por várias atrizes ao mesmo tempo, a estrutura do texto também não é necessariamente cronológica. Da mesma forma que músicas recentes como A Mulher do Fim do Mundo e a emblemática A Carne e Maria da Vila Matilde se misturam aos sucessos das mais de seis décadas de carreira da cantora, como Se Acaso Você Chegasse, Lama, Malandro, Lata D’Água e Cadeira Vazia.

Marcada por uma série de tragédias pessoais – a morte dos filhos e de Garrincha, a violência doméstica e a intolerância – a jornada de Elza é contada com muita alegria. 

“A Elza me disse: ‘sou muito alegre, viva, debochada. Não vai me fazer um musical triste, tem que ter alegria’. Isso foi ótimo, achei importante fazer o espetáculo a partir deste encontro, pois assim me deu base para saber como Elza se via e como ela gostaria de ser retratada”, conta Vinicius Calderoni, que leu e assistiu a infindáveis entrevistas que a cantora deu ao longo da vida e também pesquisou a obra de pensadoras negras, como Angela Davis e Conceição Evaristo, cujos fragmentos de textos aparecem na peça.

O espetáculo foi desenvolvido ao longo de um período em que Elza se encontra no auge de uma carreira marcada por reviravoltas e renascimentos. Ao lançar seus últimos dois discos, A Mulher do Fim do Mundo (2015) e Deus é Mulher (2018), a cantora não somente ampliou ainda mais seu repertório e sua base de fãs, como conquistou, mais uma vez, a crítica internacional, e se consolidou como uma das principais vozes da mulher negra brasileira.

Vinícius Calderoni, autor do texto, chama a atenção para a coletividade presente em todo o processo de criação da montagem. Após ter escrito as primeiras páginas, ele começou a frequentar os ensaios e estabeleceu um rico intercâmbio com Duda Maia e as sete atrizes. ‘Hoje poderia dizer que elas são coautoras e colaboradoras do texto. São sete atrizes negras e múltiplas, como a Elza é. Diante da responsabilidade enorme, eu estabeleci limites de fala para mim, por exemplo, em relação a alguns temas. Limitei a minha voz e disse que não escreveria nada, queria os relatos delas e as opiniões. Pedi a colaboração delas, das experiências vividas por uma mulher negra. Do mesmo jeito que a Duda propôs muitas coisas, as atrizes também tiveram este espaço’, conta o dramaturgo.

Tal processo colaborativo se estendeu para a música, com a participação ativa das atrizes e das musicistas nos ensaios com os diretores musicais, e o maestro Letieres Leite, que liderou algumas oficinas com o grupo no período dos ensaios. O processo gerou ainda duas canções inéditas que estão na peça: Ogum, de Pedro Luís, e Rap da Vila Vintém, de Larissa Luz. Se a escolha de Pedro Luís para a função foi referendada pela própria Elza – que gravou e escolheu um verso do compositor para nomear seu último disco – Larissa Luz já estava envolvida com o projeto desde o seu embrião.

SOBRE A EQUIPE DE CRIAÇÃO E PRODUÇÃO

A estreia de Elza marca o encontro da dramaturgia de Vinícius Calderoni com a direção de Duda Maia, dois nomes que se destacaram no recente panorama teatral brasileiro. Pela direção de Auê (2016), estrelado pela Cia. Barca dos Corações Partidos, ela conquistou os prêmios Shell, Cesgranrio e Botequim Cultural de Melhor Direção, além dos prêmios APTR e Cesgranrio de Melhor Espetáculo e o Bibi Ferreira de Melhor Musical Nacional. Enquanto isso, Vinicius já ganhou o Prêmio Shell de Melhor Autor por Ãrrã (2015), o APCA por Os Arqueólogos (2016) e coleciona outras indicações e troféus por espetáculos da companhia Empório de Teatro Sortido, que lidera ao lado de Rafael Gomes.

Em paralelo à carreira de escritor, Vinícius é também ator e músico – ele integra a banda 5 a Seco e tem dois discos lançados. A experiência musical foi determinante no processo de criação do texto. Já Duda trouxe todo o seu trabalho corporal para o desenvolvimento da linguagem da encenação.

A sintonia entre Duda e os diretores musicais Pedro Luís, Larissa Luz (esta também em cena) e Antonia Adnet foi determinada por uma característica fundamental: a escuta e a participação das intérpretes. ‘Foi um processo de ensaios muito vivo, em que partimos do princípio que a voz não é nossa, é das atrizes. Fizemos este trabalho para elas e a partir de propostas delas também. Precisamos olhar para o grupo, para a troca’, conta Duda, ressaltando que tudo só foi possível graças à parceria com a Sarau, produtora capitaneada por Andrea Alves.

Nos últimos anos, a Sarau foi responsável montagens tais como Gonzagão – A Lenda, Ópera do Malandro, Auê e Suassuna – O Auto do Reino do Sol, da Cia. Barca dos Corações Partidos, e Gota D’Água [a seco. 

FICHA TÉCNICA

Elenco: Janamô, Júlia Tizumba, Késia Estácio, Khrystal, Laís Lacôrte, Verônica Bonfim e a atriz convidada Larissa Luz. Musicistas: Aline Colombani (violões, cavaquinho), Georgia Camara (bateria e percussão), Guta Menezes (trompete, flugelhorn e gaita), Marfa Kourakina (baixo), Neila Kadhí (programações, pandeiro, guitarra), Priscilla Azevedo (teclado, sanfona, escaleta). Direção: Duda Maia / Texto: Vinícius Calderoni / Direção Musical: Pedro Luís, Larissa Luz e Antônia Adnet / Arranjos: Letieres Leite / Cenário: André Cortez / Figurinos: Kika Lopes e Rocio Moure / Iluminação: Renato Machado / Visagismo: Uirandê de Holanda / Design de Som: Gabriel D’Angelo / Design de som associado: André Breda, Bruno Pinho e Rodrigo Oliveira / Diretora Assistente: Letícia Medella / Colaboração Dramatúrgica: Larissa Luz, Janamô, Júlia Tizumba, Késia Estácio, Khrystal, Laís Lacôrte e Verônica Bonfim/ Arranjos vocais e programações: Larissa Luz / Cenógrafa assistente: Tuca Benvenutti / Assistente de iluminação: Maurício Fuziyama/ PRODUÇÃO: Coordenação de Produção: Leila Maria Moreno / Produção Executiva: Rafael Lydio / Assistente de produção: Priscila Cardoso e César Augusto / Projeto Gráfico: Beto Martins / Fotografia: Silvana Marques / Vídeos: Elisa Mendes Assistente de vídeo: Eloi Leones/ TÉCNICA: Operador de Luz: Mauricio Fuziyama  / Operador de Som: Felipe Malta/ Microfonista: Eder Eduardo / Diretor de palco: Edilson Risoleta/ Camareira: Marceli Araújo / Cenotécnico: André Salles / Pintura de Arte: Naira Santana / Aderecista: Gabriel Barros / Costureiras: Fátima Félix e Deyside Rios / Coordenador de RF: Eder Eduardo e Felipe Malta/Idealização e Direção de Produção: Andréa Alves / Patrocínio nacional: REDE/ Parceria local em Belo Horizonte: Rubim Produções/ Assessoria de imprensa: Jozane Faleiro / Realização em Belo Horizonte: Festival Teatro em Movimento, com patrocínio do Instituto Unimed-BH, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

SERVIÇO

17ª edição do Festival Teatro em Movimento apresenta: “Elza”

Duração: 120min / Classificação etária: 14 anos

Data: 24 e 25 de novembro, sábado às 20h e domingo, às 19h - após a sessão de domingo haverá debate com o elenco. 

Local: Grande Theatro Unimed-BH do Cine Thaeatro Brasil Vallourec - Av. Amazonas, 315 - Centro, Belo Horizonte. 

Plateias I e II: Inteira: R$ 60,00 / Meia entrada: R$ 30,00

Balcão: R$ 50,00 / Meia entrada: R$ 25,00

Ingressos:   www.eventim.com.br ou bilheteria do teatro

Informações: (31) (31) 3201.5211 ou (31) 3243.1964

Site: www.teatroemmovimento.art.br

 

Informações para a imprensa:

Jozane Faleiro - jozane@luzcomunicacao.com.br - 31 992046367 - 35676714

 

 

INSTITUTO UNIMED-BH – 15 ANOS

 

Associação sem fins lucrativos, há 15 anos o Instituto Unimed-BH conduz o Programa de Responsabilidade Social Cooperativista da Unimed-BH. Os projetos desenvolvidos têm na saúde sua área prioritária, mas mantêm interface com outros campos por meio de cinco linhas de ação: Comunidade, Meio ambiente, Voluntariado, Adoção de Espaços Públicos e Cultura.  Em 2017, mais de 1,4 milhão de pessoas foram beneficiadas, direta e indiretamente, pelo Programa Cultural Unimed-BH. Mais de 4,7 mil médicos cooperados e colaboradores viabilizam este Programa ao escolher destinar parte do seu Imposto de Renda para o fomento de projetos socioculturais. A cada ano, as atividades conquistam aprovação e confiança, ampliando-se as adesões.

 

SOBRE O FESTIVAL TEATRO EM MOVIMENTO

 

O Festival Teatro em Movimento, coordenado pela Rubim Produções, completa 17 anos, em 2018. Com o objetivo de descentralizar o acesso às montagens do eixo Rio-São Paulo, o Festival promove a circulação de grandes espetáculos para Belo Horizonte, transformando a capital em praça relevante para a apresentação de importantes repertórios. Além disso, o projeto também atua em outros estados e o outras cidades. E desde então, contabiliza 278 montagens, que somam mais de 553 apresentações, envolvendo cerca de 600 artistas, em 14 cidades, 27 teatros e público superior a 792.799 mil pessoas. Com o intuito de  consolidar o hábito de ir ao teatro e fomentar a cultura das artes cênicas, os espetáculos acontecem ao longo do ano e não concentrados em um curto período como nos outros festivais, possibilitando a formação de um espectador mais crítico e de um público mais habituado a lotar as salas dos teatros.  Para ratificar a potencialidade de transformação social e cultural do teatro, o TM ainda promove oficinas gratuitas, palestras e workshops para profissionais da área e interessados. Criando-se uma rede de circulação de informação e fortalecendo a possibilidade de sustentabilidade do setor cultural.

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