
Teatro em Movimento, por meio do Instituto Cultural Vale, Instituto Unimed-BH e Itaú, apresenta “Dominguinhos: Isso Aqui Tá Bom Demais”

FOTO: Priscila Prades
Musical homenageia o saudoso mestre da sanfona e da música popular. Com dramaturgia de Silvia Gomez, direção de Gabriel Fontes Paiva e direção musical de Myriam Taubkin, espetáculo faz curta temporada, dias 1 e 2 de abril, no Sesc Palladium
Fotos Priscila Prades: https://bit.ly/3KPqD8Z
O festival Teatro em Movimento, que tem curadoria e coordenação geral de Tatyana Rubim, recebe o musical “Dominguinhos: Isso Aqui Tá Bom Demais”, no ano em que se completa 10 anos de morte desse mestre da música popular brasileira, o compositor e sanfoneiro pernambucano Dominguinhos (1941-2013). As apresentações acontecem no Sesc Palladium, dias 1 e 2 de abril, sábado, às 20h, e domingo, às 19h, com ingressos a partir de 25 reais. O espetáculo foi idealizado pelo diretor Gabriel Fontes Paiva e pela diretora musical Myriam Taubkin, que trabalharam durante um bom tempo com Dominguinhos. Já o texto foi criado pela premiada dramaturga e jornalista Silvia Gomez e traz de forma contemporânea toda emoção daquele que acabou se consolidando não somente como o mestre do forró, mas com uma carreira musical própria englobando diversos gêneros como o jazz, o pop e a MPB.
O Teatro em Movimento é apresentado pelo Instituto Unimed-BH, por meio do incentivo de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores, e pelo Instituto Cultural Vale, tem o patrocínio do Itaú e da Cemig e conta com o apoio da CBMM, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura, do Ministério do Turismo.
Elenco
Para fazer jus a sua amplitude musical, boa parte do elenco veio do universo da música, como é o caso de Liv Moraes, cantora, parceira e filha de Dominguinhos, Cosme Vieira, que tocou sanfona com Dominguinhos quando ainda era criança, o ator e professor musical Wilson Feitosa, o compositor e arranjador Zé Pitoco, de Cupira / PE, que acompanhou Dominguinhos em inúmeros shows ao longo se sua carreira, um dos grandes expoentes da nova safra de atores e cantores brasileiros Luiza Fittipaldi e os conhecidos internacionalmente Hugo Linns, músico que é referência brasileira em viola e o aclamado percussionista Jam da Silva, os três últimos de Recife / PE.
“Quando Dominguinhos faleceu foi um momento difícil, porque o acompanhamos de perto. Ele era muito querido e sempre foi uma delícia trabalhar com ele. Pouco depois da morte dele, procurei a Myriam, minha parceira no Projeto Memória Brasileira, que documenta a memória viva da música brasileira há 35 anos, para criar um musical sobre a vida e obra desse gênio. Foram 7 anos elaborando, negociando direitos autorais e viabilizando o espetáculo. E, hoje, eu entendo que conseguimos construir o projeto ideal com dezenas de outras pessoas que compreendem, respiram e vivem neste universo”, revela Paiva.
Dramaturgia
Sobre o processo de construção da dramaturgia, Silvia Gomez conta que o texto foi escrito ao longo de dois anos a partir de entrevistas com pessoas que conviveram com Dominguinhos, como Anastácia, Liv Moraes, além dos próprios Gabriel Fontes Paiva e Myriam Taubkin. Além disso, o jornalista especializado em música Lucas Nobile assina a pesquisa documental que apoiou a escrita dramatúrgica.
“Lucas trouxe um material vasto de linha do tempo, músicas, motivações, notícias e casos da vida desse mestre. O mergulho na obra incluiu programas, documentários, entrevistas e reportagens de jornais e revistas de época, além de livros como O Brasil da Sanfona, de Myriam Taubkin. Nos baseamos em fatos reais e depoimentos públicos de Dominguinhos, sem, no entanto, deixar de dialogar poeticamente com essa realidade, ficcionalizando certas passagens que envolvem as personagens evocadas”, comenta a autora.
Muito mais do que contar de forma linear e cronológica a vida de Dominguinhos, a dramaturgia explora essa combinação entre o documental e o poético. “Há um certo lugar delirante em minhas dramaturgias e, aqui, pude expressá-lo no recorte escolhido como procedimento narrativo: em seu último momento de vida, Dominguinhos é visitado pelas histórias, pessoas – e sanfonas – que marcaram sua carreira, como se tudo se passasse numa fração de segundo infinita do pensamento e da memória. Também sou jornalista, e, pela primeira vez, pude combinar em uma peça teatral a minha formação híbrida, entre a dramaturgia e o documento. Ou melhor, pude buscar a vocação narrativa dessa vida e dessa obra tão importantes para a nossa formação cultural e afetiva”, acrescenta.
Encenação
A encenação parte de um jogo entre os atores e músicos, que se alternam nos papéis de Dominguinhos e das pessoas que fizeram parte da vida dele. “Este jogo tem tudo a ver com a trajetória de Dominguinhos e com a obra dele. Um homem que viveu para trazer alegria para as pessoas e que conseguia contar, inclusive coisas tristes, de uma forma alegre. A encenação parte desta brincadeira com a plateia para que a gente possa transmitir a energia que ele conseguia levar a todos nós. Quem viu Dominguinhos tocar ao vivo sabe do que estou falando e é isso que vamos tentar reproduzir”, explica Gabriel Fontes Paiva.
Ainda sobre a direção, Paiva conta que buscou resgatar como grandes referências para a montagem elementos importantes para o sanfoneiro, como a cidade de Garanhuns, em Pernambuco, onde Dominguinhos nasceu, e os ritmos e danças como forró, baião e xaxado.
“Também buscamos a música pop dos anos 70 e 80 em São Paulo e no Rio de Janeiro. Fomos atrás da raiz, mas também da antena que ele foi: um músico pop que conseguiu passar por todos os gêneros musicais e realizou parcerias com dezenas de músicos de linguagens diferentes, um artista que sempre falou de sua época”, adiciona o diretor.
Sinopse
O musical conta certas passagens da vida e obra de Dominguinhos misturando documento e ficção, já que o artista relembra sua trajetória através de fatos, músicas e parcerias profissionais e afetivas, enquanto conversa com sua maior e fiel companheira, a Sanfona.
Ficha Técnica
Dramaturgia: Silvia Gomez / Direção: Gabriel Fontes Paiva / Direção musical: Myriam Taubkin / Elenco: Cosme Vieira, Hugo Linns, Jam da Silva, Liv Moraes, Luiza Fittipaldi, Wilson Feitosa e Zé Pitoco/ Desenho de Movimento: Ana Paula Lopez/ Desenho de Luz: André Prado e Gabriel Fontes Paiva/ Figurino: Ana Luiza Fay/ Cenário: Gabriel Fontes Paiva/ Pesquisa documental e consultoria de repertório: Lucas Nobile / Preparação vocal: Ana Luiza /Assistente de direção: Ana Paula Lopez e André Prado/ Assistente de direção musical: Hugo Linns/ Coordenação técnica: André Prado/ Desenho de som e operação: André Omote/ Assistente de som: Gustavo Magrão /Direção de Palco: Dani Colazante/ Camareiro: Jô Nascimento/ Design gráfico: Teresa Maita/ Fotografia de estúdio e cena: Priscilla Prade /Social mídia: Daniela Stirbulov/ Gestão de Projeto: Luana Gorayeb / Assistentes administrativos financeiros: Beth Vieira e Rogério Prudêncio / Assistente de produção e logística: Camila Scheffer/ Assistência de produção e cena: Rafaella Blat /Direção de produção: Dani Angelotti / Realização: Fontes Artes e Projeto Memória Brasileira/ Produção Local BH: Rubim Produções / Realização Local: Teatro Em Movimento / Assessoria de Imprensa: Luz Comunicação - Jozane Faleiro
Serviço:
Teatro em Movimento apresenta “Dominguinhos: Isso Aqui Tá Bom Demais”
Gênero: Musical / Classificação Indicativa: Livre/ Duração: 110 minutos
Dias/horários: 1 e 2 de abril - sábado, às 20h e domingo, às 19h
Local: Sesc Palladium - R. Rio de Janeiro, 1046 - Centro, Belo Horizonte
Ingressos: Plateia 1- R$80 (inteira) e R$40 (meia)/ Plateia 2 - R$70 (inteira) e R$35 (meia) / Plateia 3 - R$50 (inteira) e R$25 (meia)
Venda pelo link:
https://bileto.sympla.com.br/event/81140
ou bilheteria do teatro
Meia entrada válida conforme a lei.
Informações: (31) 3270-8100
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Informações para a imprensa Teatro em Movimento
@luz.comunica - Luz Comunicação
Jozane Faleiro - 31 992046367 - jozane@luzcomunicacao.com.br
Um pouquinho sobre Dominguinhos
Dominguinhos conseguiu unir o regional de um Brasil profundo com o que havia de mais moderno na música. Foi um artista que cantou a experiência humana em sua essência mais luminosa, sempre com leveza, humor, alegria e poesia.
Nascido em Garanhuns (PE), em 1941, José Domingos de Moraes iniciou a carreira ainda na infância. Aos oito anos, se apresentou para Luiz Gonzaga em um hotel de sua cidade natal, sem saber que tocava para o Rei do Baião. E, aos 13 anos, deixou seu estado com a família para tentar a sorte no Rio de Janeiro.
Em mais de 55 anos de carreira, Dominguinhos gravou 40 discos. No último desses trabalhos, Iluminado Dominguinhos, lançado em DVD em 2010, gravou grande parte de seu repertório instrumental com a participação de Gilberto Gil, Elba Ramalho, Wagner Tiso e Yamandu Costa, entre outros.
Suas músicas mais conhecidas são “Eu Só Quero um Xodó” e “Tenho Sede” (parcerias com Anastácia), cujos registros mais famosos foram feitos por Gil na década de 1970, “Isso Aqui Tá Bom Demais” e “De Volta pro Aconchego” (com Nando Cordel), clássico na voz de Elba Ramalho, nos anos 1980, “Abri a Porta” e “Lamento Sertanejo” (com Gilberto GIl).
“De Volta pro Aconchego” e “Isso Aqui Tá Bom Demais” fizeram parte da trilha da novela “Roque Santeiro”, aumentando a popularidade do artista nos anos 1980. Na mesma década, Chico Buarque gravou “Tantas Palavras”.
Dominguinhos também venceu o Grammy Latino duas vezes (em 2002 e 2012); o Prêmio Tim de Música Brasileira duas vezes (em 2007 e 2008) e o Prêmio Shell de Música (2010).
Embora morasse em São Paulo, ele sempre voltou ao Nordeste, desde as primeiras turnês com seus trios no início de carreira; nos muitos anos em que acompanhou Gonzagão; e ao lado de Anastácia. E, nunca deixou de se apresentar nas tradicionais festas juninas de Campina Grande (PB); Caruaru (PE); Feira de Santana (BA), entre muitas outras cidades.
Dominguinhos negava a maneira como sua região era tratada – pela ótica da miséria, da seca, da falta de esperança. Ele também adorava Fortaleza, onde fez inúmeros amigos, onde era muito bem recebido e onde ia descansar de seus compromissos. Sempre elogiava o povo cearense, como trabalhador e hospitaleiro.
O sanfoneiro faleceu no dia 23 de julho de 2013, depois de uma longa luta contra um câncer de pulmão, deixando um legado inestimável de valorização da música popular e da cultura nordestina.*
Liv Moraes é cantora e filha de Dominguinhos e ingressou profissionalmente na música aos 18 anos como backing vocal da banda de seu pai, percorrendo o Brasil por vários anos realizando shows. Em 2002, fez sua primeira participação gravando a música “Desenho”, no CD “Lembrando de Você”, de Dominguinhos. Convidada por Toninho Horta, interpretou “Amar como te amo” no CD “Com o pé no forró”, que foi indicado ao Grammy Latino. Cantou com grandes nomes da música brasileira, como Gilberto Gil, Elba Ramalho, Jane Duboc, Yamandu Costa, Fábio Júnior, Lenine, Fagner, Toninho Horta e Maestro Spok.
Cosme Vieira tem uma trajetória parecida com o próprio homenageado. Ambos iniciaram a carreira de sanfoneiros ainda crianças e, antes de completarem 10 anos, tocaram para ícones que foram seus padrinhos. No caso de Dominguinhos, ele tocou para o grande Luiz Gonzaga, que já era conhecido como o Rei do Baião, embora o menino não soubesse disso. Já Cosme teve como mestre o próprio Dominguinhos. Atualmente, Cosme faz carreira solo, tocando por todo Brasil e desenvolve vários trabalhos tendo acompanhado grandes nomes da música como Ivete Sangalo, Duani, Zeca Baleiro, Mariana Aydar, Liv Moraes, Toninho Horta e outros.
Zé Pitoco, com forte atuação na cena musical brasileira, é um grande representante da música regional nordestina em São Paulo. Transitando sempre com maestria entre o clarinete, o saxofone e a zabumba, esse multi instrumentista e arranjador pernambucano notável exprime todo o cotidiano de um nordestino que vive na capital paulista em música. Tocou com grandes nomes, entre eles o próprio Dominguinhos, com quem fez inúmeros shows. Atualmente integra o grupo de Antônio Nóbrega, sendo um de seus principais componentes e arranjadores. Foi integrante da Orquestra Popular de Câmara, ao lado de Benjamim Taubkin, Teco Cardoso, Mané Silveira, Guelo, Caíto Marcondes e Monica Salmaso.
Hugo Linns é violeiro, baixista, arranjador, compositor e diretor musical e reconhecido nacional e internacionalmente. Toca e compõe em viola dinâmica de 10 cordas desde os 18 anos, em sua terra natal, Recife. Linns tem cinco álbuns lançados com renomados artistas brasileiros e internacionais, como o percussionista sueco Sebastian Notini e o violoncelista francês Olivier Koundouno, lançado pelo selo alemão Martin Hossbach. Em 2018 foi vencedor do 9º Prêmio da Música de Pernambuco como melhor álbum de música instrumental.
Jam da Silva nasceu em Recife e é um dos grandes nomes da percussão nacional. Jam tem abordagem inovadora em suas produções, uma mistura de artesanato com invenção. Parte de suas criações vêm da rua, com ruídos e ambientações urbanas e parte vem de sua construção musical, com diversos instrumentos de percussão. Seu trabalho faz com que possua grandes parcerias com artistas nacionais e internacionais como Massilia Sound System, Moussu T et les jovents, Troublemakers, Camille e Sebastien Martel, Marisa Monte, Elba Ramalho, Roberta Sá e muitos outros. Foi vencedor de melhor trilha sonora em 2011 com o filme Os Narradores de Javé.
Luiza Fittipaldi, fruto de Recife, é multiartista e estreou recentemente no elenco da série original da Netflix, “Só Se For Por Amor”. Aos 14 anos, viralizou na internet com um vídeo interpretando Sozinho, de Peninha. Desde então, abriu shows de grandes nomes como João Bosco, Zé Renato e Guilherme Arantes, sendo hoje um dos grandes expoentes da nova safra de atores e cantores brasileiros.
Wilson Feitosa é ator e professor de música formado em Licenciatura Plena. Sua carreira artística possui grandes trabalhos como “Os Sertões” no Teatro Oficina e “Mãe Coragem”, com Bete Coelho. Com sua música e teatro participou de diversos festivais pelo Brasil e mundo e trás mais de vinte peças teatrais, filmes e séries em seu currículo. Além de ator e professor, Will toca acordeom, violão, cavaquinho, pandeiro e percussão.
Teatro Em Movimento
O projeto Teatro em Movimento, coordenado pela Rubim Produções, de Tatyana Rubim, completa 22 anos, em 2023, com o objetivo de descentralizar o acesso às grandes montagens do eixo Rio-São Paulo, promovendo a circulação dos mesmos para Belo Horizonte que tornou-se, ao longo do tempo, praça relevante para a apresentação de importantes repertórios. Além disso, o projeto também atua em outros Estados e outras cidades. Desde então, contabiliza 269 repertórios, que somam mais de 779 apresentações, envolvendo cerca de 860 artistas, em 15 cidades, 30 teatros e público superior a 400.888 pessoas. Desde 2020, fundou o TeatroEmMov Digital, que realizou o primeiro curso de teatro digital do Brasil, sendo uma plataforma web que pesquisa, produz e une narrativas do teatro, da dança, do audiovisual e dos games; ambos idealizados por sua diretora, Tatyana Rubim.
Sobre o Instituto Unimed-BH
O Instituto Unimed-BH completa 20 anos em 2023. A associação sem fins lucrativos foi criada em 2003 e, desde então, desenvolve projetos socioculturais e ambientais visando à formação da cidadania, estimular o bem-estar e a qualidade de vida das pessoas, fomentar a economia criativa, valorizar espaços públicos e o meio ambiente. Ao longo de sua história, o Instituto destinou mais de 170 milhões por meio das Leis municipal e federal de Incentivo à Cultura, fundos do Idoso e da Infância e Adolescência, com o apoio de mais de 5,3 mil médicos cooperados e colaboradores da Unimed-BH. No último ano, mais de 9,3 mil postos de trabalho foram gerados e 1,6 milhão de pessoas foram alcançadas por meio de projetos em cinco linhas de atuação: Comunidade, Voluntariado, Meio Ambiente, Adoção de Espaços Públicos e Cultura, que estão alinhados aos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030. Acesse www.institutounimedbh.com.br e saiba mais.