A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa terá duas apresentações no Teatro SESIMINAS, dias 23 e 24 de julho
foto: Daniel Barboza
Musical tem no elenco Laila Garin, Claudia Ventura e Leonardo Miggiorin. direção e adaptação de André Paes Leme, direção musical de Marcelo Caldi e trilha original de Chico César
Fotos: https://bit.ly/3As6Gju
A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa, uma das obras mais emblemáticas de Clarice Lispector (1920-1977) ganhou uma versão musical para os palcos, absolutamente original, para celebrar o centenário da escritora, em 2020. A atriz Laila Garin é Macabéa, a mítica protagonista do aclamado romance, ao lado dos atores Claudia Ventura e Leonardo Miggiorin. A direção e adaptação é de André Paes Leme, direção musical de Marcelo Caldi e trilha original de Chico César. O espetáculo passou por algumas capitais, sempre com grande sucesso de público, e, agora, vem a Belo Horizonte para duas apresentações, dias 23 e 24 de julho, sábado às 21h, e domingo, às 19h, no Teatro Sesiminas.
A idealização e produção do projeto é de Andréa Alves, da Sarau Cultura Brasileira, responsável por espetáculos como ‘Elza’, ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ‘Sísifo’ e ‘Macunaíma’. O projeto é apresentado pela BB Seguros e patrocinado pelo Banco do Brasil, através da Lei Federal de Incentivo à Cultura.
“O romance veio para minha estante através da minha professora, que por coincidência se chamava Laila. Ainda no percurso de “Gota D`Água”, tive a ideia de propor o projeto para a Laila Garin protagonizar, com a direção do André, que é meu parceiro teatral há 30 anos, e as músicas do Chico César, que tinha feito as canções originais do Suassuna. Essa rede afetiva e a descoberta do centenário foram os motivos perfeitos para dar mais potência ao projeto”, explica Andréa.
“A Hora da Estrela” foi o último livro escrito por Clarice, que faleceu pouco tempo após o seu lançamento. Suas páginas narram a saga de Macabéa, imigrante nordestina cuja vida no Rio de Janeiro é marcada pela ausência de afeto e poesia. Vista pela sociedade como uma mulher desprovida de qualquer atrativo, ela se contenta com uma existência medíocre: ganha menos do que um salário, divide um quarto com quatro pessoas, sofre com um chefe rigoroso e não atrai a atenção de ninguém.
Na obra literária, tal história é contada por um escritor, que vê Macabéa na rua e resolve narrar a vida de uma pessoa tão invisível, comum e sem brilho, em um exercício de alteridade. Para esta nova versão teatral, André Paes Leme propõe uma inversão e essa figura do escritor se transforma em uma atriz. Desta forma, Laila Garin tem o desafio de se alternar entre a Macabéa e a Atriz, que não somente narra, mas também comenta e lança uma série de questões ao longo da encenação.
“O trabalho de adaptação não é de reescrever o texto. É o trabalho de transportar o universo sem estar aprisionado a qualquer palavra, através da edição e deslocamentos de episódios. Houve também a recondução dos textos do escritor para a atriz”, conta o diretor, que tem longa experiência na transcrição de livros para o palco, no que se convencionou chamar de ‘romance em cena’. Seguindo essa tradição, ele não somente faz uso de diálogos, mas coloca os atores como narradores, enquanto contracenam, fazendo uso de frases na íntegra do livro original.
André Paes Leme, que já assinou elogiadas adaptações de Guimarães Rosa (‘A Hora e Vez de Augusto Matraga’) e Nelson Rodrigues (‘Engraçadinha, Seus Amores e Seus Pecados’), teve ainda a parceria de Chico César no processo de criação. As músicas pontuam toda a dramaturgia e aparecem para ilustrar o estado emocional e o interior de cada personagem. Ao longo da montagem, as canções servem ainda para detalhar algum acontecimento e também para tirar as personagens do sofrido estágio em que se encontram, trazendo alguma fantasia para existências tão opacas.
Chico César vem de outra experiência bem-sucedida, ao ter a literatura como base de uma criação musical para teatro. Em 2017, ele assinou a trilha de ‘Suassuna – O Auto do Reino do Sol’, ao lado da Cia. Barca dos Corações Partidos. A experiência rendeu uma série de prêmios e indicações, inclusive ao Prêmio da Música Brasileira pelo álbum. ‘A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa’ vai trazer mais um conjunto de canções inéditas do compositor, com trechos musicados do próprio livro e criações livres, com base no original de Clarice Lispector.
O espetáculo marca ainda a primeira vez em que Laila Garin atua em um espetáculo de composições inéditas, produzidas ao longo do processo de ensaios. Após ser recordistas de premiações por seu trabalho em ‘Elis – A Musical’ e ‘Gota D’Água [a seco]’, Laila foi dirigida pela lendária Ariane Mnouckine em ‘As Comadres’, no início de 2019. Enquanto segue com uma série de projetos de TV, Laila se consagrou na última década como uma das grandes vozes do teatro musical brasileiro.
“Interpretar a Macabéa, as canções de Chico e ser dirigida por André já seriam motivos mais do que especiais para estar em cena. Mas fazer “A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” vai além, é um espetáculo que diz exatamente o que queremos falar neste momento. Estar em cena também como a Atriz é uma afirmação deste ato poético e político que é o teatro. É um grito de indignação com muita poesia, lutando com as armas que temos. “A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa” fala das pessoas supostamente invisíveis, fala de solidariedade, de olhar para o outro com afeto. Além de tudo, é uma peça sobre esperança”, analisa Laila.
Serviço:
A Hora da Estrela ou O Canto de Macabéa
Classificação: 16 anos - Duração: 90 minutos
Dia e horário: 23 e 24 de julho, sábado, às 21h e domingo, às 19h.
Endereço: Rua Padre Marinho, 60, Santa Efigênia
Ingressos: R$ 50,00 e R$70,00 - meia entrada válida conforme a lei.
Link de venda sábado: https://bileto.sympla.com.br/event/74942/d/148578
Link de venda domingo: https://bileto.sympla.com.br/event/74944/d/148601
Informações: (31) 3241-7181
Informações para a imprensa
Luz Comunicação - @luz.comunica
Atendimento: Janine Horta Diniz
Coordenação Jozane Faleiro - jozane@luzcomunicacao.com.br / 31 992046367
FICHA TÉCNICA - A HORA DA ESTRELA OU O CANTO DE MACABÉA
Da obra de Clarice Lispector
Adaptação e Direção: André Paes Leme
Música: Chico César (canções originais) e Marcelo Caldi (direção musical e arranjos)
Idealização e Direção de Produção: Andréa Alves
Com Claudia Ventura, Leonardo Miggiorin e Laila Garin
Músicos
Fabio Luna – Bateria, Percussão, Flauta e voz.
Pedro Franco – Guitarra, Violão, Bandolim, Violino e voz.
Pedro Aune - Baixo acústico, Baixo elétrico, Tuba e voz.
Diretor Assistente: Anderson Aragón
Figurinos: Kika Lopes
Cenário: André Cortez
Iluminação: Renato Machado
Design de som: Gabriel D’Angelo
Visagista: Uirandê de Holanda
Preparação Corporal: Toni Rodrigues
Preparação Corporal: Toni Rodrigues
Designer de som associado: André Breda e Rodrigo Oliveira
Assistente de figurino: Sassá Magalhães
Assistente de cenografia e Produtora de arte: Tuca Mariana
Assistente de preparação Corporal: Monique Ottati
Costureira: Fatima Felix
Tingimento de tecidos: Heloisa Stockler
Cenotécnico: André Salles
Equipe cenotécnica: Adriano Ferreiro, Gilvan do Carmo, Paulo Sá, Robson Silva, Ronaldo Ferrinha, Walmir Jr., Welington do Carmo.
Diretor de Palco: Júnior Brasil
Camareira / contrarregra: Paty Ripoll
Operador de Luz: Rommel Equer
Operador de Som: André Breda
Técnico de Monitor, Microfonista e Coordenador de RF: Jorginho Baptista
Produção
Coordenação de Produção: Rafael Lydio
Produção Executiva: Felipe Valle
Assistente de Produção: Matheus Brito
Coordenação de Projeto e Coordenação Administrativo-Financeira: Ágapa Criação e Produção Cultural
Produção local em Belo Horizonte: Rubim Produções
Assessoria de imprensa Belo Horizonte: Luz Comunicação - Coordenação Jozane Faleiro / Atendimento: Janine Horta