FILME QUILIMÉRIOS E EXPOSIÇÃO PRETAS NO BRANCO, NO MEMORIAL VALE
foto: Emerson Penha
Homenageando a cultura negra e seguindo no modelo de apresentações online, o Memorial Vale traz duas atrações no dia 10 de novembro, amanhã, terça: o documentário Quilimérios, de Emerson Penha e a exposição Pretas no Branco, de Márcio Silva. E a equipe do Educativo do Memorial Vale fará uma série de lives com o objetivo de valorizar as trajetórias de vida de pessoas negras em diversas áreas de atuação. A mediação será feita pelos educadores do Memorial Vale, Henrique Bedetti e Ângelo Dias. A primeira live acontecerá hoje, dia 9 de novembro, às 17 horas. A entrevistada será Adriana Santana, que irá falar sobre artes visuais. Adriana é artista visual, ilustradora e educadora. É mestre em Educação pela Faculdade de Educação (FAE/UFMG) e cursou Artes Gráficas e Licenciatura na Escola de Belas Artes (EBA/UFMG). Em seus trabalhos busca dialogar com poéticas inspiradas em sua ancestralidade, com as relações étnico-raciais e com as culturas afro-brasileira e africana.
10/11 – DOCUMENTÁRIO QUILIMÉRIOS, DE EMERSON PENHA
No dia 10 de novembro, terça-feira, às 19h30, o Memorial Vale exibe Quilimérios, um curta-metragem (24 minutos) que conta um pouco da história do Baixo Jequitinhonha e mostra os cenários deslumbrantes e os lugares quase intocados dessa região. Um filme do jornalista e cineasta Emerson Penha, com música de Túlio Mourão. Integra o projeto Mostra de Filmes, do Memorial Vale.
Link para o trailer: https://youtu.be/E5T97Kpy7dA ou https://vimeo.com/436597319
O filme mostra uma comunidade que vive isolada há 150 anos entre as montanhas de pedra. Um lugar distante e suas belezas desconhecidas: na região do Baixo Jequitinhonha, divisa entre Minas Gerais e Bahia, as pedras gigantes marcam, há milhões de anos, o caminho do rio. A muralha natural isola tudo, até mesmo a passagem do tempo. Nesse cenário impressionante, os Quilimérios ainda vivem como no século XIX. Para eles, o isolamento foi a única opção. Até hoje, no meio das altas e intocadas pedras, o mistério de sua existência permanece. A história que se conta na região de Rubim, cidade mais próxima, é que esse grupo de pessoas foi formado a partir da fuga de um ex-escravo, Juca Preto, contratado por um fazendeiro da cidade de Pedra Azul, onde vivia, para matar alguém importante. Após cometer o crime, Juca fugiu para aquela região onde seus descendentes vivem até hoje e que ainda permanece quase inacessível. Na fuga, ele levou consigo uma mulher indígena, com quem deu início à família dos Quilimérios. São pessoas muito reservadas, que cultivam costumes antigos e têm hábitos comportamentais como o casamento endogâmico. Ao par da lenda, a explicação sociológica mais razoável é que sejam remanescentes dos quilombos volantes – grupos nômades formados por afrodescendentes que escapavam do cativeiro e indígenas expulsos de suas terras e mesmo por brancos que fugiam das cidades por diversas razões.
Foi filmado quase todo com celular e drone, o que o torna um produto experimental e inovador. Um filme de Emerson Penha, Coordenação/Projeto Executivo de Fabiana Pinheiro, música de Túlio Mourão, fotografia de Fábio Damasceno, produção de Zu Moreira, edição de Rafael Diniz (Fiel) e argumento de Tião Soares.
Emerson Gontijo Penha é natural de Divinópolis (MG). É documentarista, jornalista e radialista, já trabalhou como assessor de comunicação e relações públicas, e como correspondente internacional. É bacharel em Comunicação Social pela UFMG e tem epecialização em Cinema e Audiovisual pela Uniestácio. Proprietário e diretor da Horizonte Filmes, produtora de conteúdo audiovisual (desde 2013). Dirigiu, recentemente, o documentário em longa metragem "Estrada Natural", a ser lançado em 2020 – www.horizontefilmesbrasil.com.br .
10/11 – EXPOSIÇÃO PRETAS NO BRANCO, DE MÁRCIO SILVA
No dia 10 de novembro, terça-feira, a partir das 11 horas, o produtor cultural e fotógrafo Márcio Silva faz sua primeira exposição de fotografias “Pretas no Branco”, que retratam mulheres negras de BH e região metropolitana. O enfoque é sobre a identidade, o empoderamento e o protagonismo das mulheres afrodescendentes dentro da sociedade. Violência contra a mulher negra, beleza, autoestima, transição capilar, afeto e autoconhecimento das mulheres afrodescendentes são alguns dos temas abordados. O evento integra o projeto Mostra de Fotografia, do Memorial Vale.
São 30 obras que ilustram o trabalho e a imersão dessas mulheres no universo da fotografia de Márcio Silva. O trabalho foi idealizado e produzido por Márcio Silva, com a participação da modelo Chay Miguel, da maquiadora artística Kelly Camillozzi e das maquiadoras sociais Camila Sampaio, Fabiana dos Santos e Francielle Calegario. A curadoria é de Márcia Alves.
Márcio Silva é produtor cultural, fotógrafo, professor de dança e coreógrafo. É gestor cultural e artístico no Centro Cultural Alto Vera Cruz, em BH. Se especializou em Forró Pé de serra e universitário e na dança Kizomba. Atua na Central Única das Favelas CUFA – MG na região leste de BH. A exibição segue no site do Memorial até o dia 10/12.
EXPOSIÇÕES EM ANDAMENTO
ATÉ 09/11 – BÁRBARA LISSA APRESENTA EXPOSIÇÃO FOTOGRÁFICA: CONFIDENCIAL
Até 9 de novembro a artista-pesquisadora Bárbara Lissa faz a exposição Confidencial. São fotografias que propõem uma reflexão sobre a ligação das pessoas entre si e com os lugares. “Dizem que qualquer pessoa no mundo se conecta a outra a partir de cinco pessoas. Comumente conhecemos alguém que já esteve nos mesmos lugares que nós no passado. Como uma teia, estamos conectados, deixando rastros que se cruzam, se modificam e deixam marcas uns nos outros, interligando a todos”, explica a artista. Bárbara Lissa é mestranda em artes pela Escola de Belas Artes da UFMG, graduada em Artes Plásticas pela Universidade do Estado de Minas Gerais (2019) e graduada em Letras (licenciatura do português) pela Universidade Federal de Minas Gerais (2013). Seus projetos perpassam a fotografia e o audiovisual, tratando de temas como memória, esquecimento, ficção e questões feministas. Em 2016 co-fundou o Duo Paisagens Móveis, com Maria Vaz, que hoje é um dos seus principais focos de trabalho. A exposiçao integra o projeto Mostra de Fotografia do Memorial Vale.
ATÉ 20/11 – “ETARISMO, PELO DIREITO DE ENVELHECER”, POR DANI DORNELAS
Até 20 de novembro o Memorial Vale realiza a exposição “Etarismo, pelo direito de envelhecer’, de Dani Dornelas. São retratos de mulheres que vivenciam o processo de transformação do envelhecimento e que, a partir de um olhar próprio, relatam experiências, percepções e representações do social. “Através da minha direção, o projeto pretende contribuir com o debate sobre padrões de beleza”, explica Dani Dornellas. A exposiçao integra o projeto Mostra de Fotografia do Memorial Vale.
Até 30/11 – EXPOSIÇÃO “BH PRIMEIRA LUZ”, DE PEDRO PRATES
Até 30 de novembro o Memorial Vale mostra no site a exposição “BH Primeira Luz”, do fotógrafo Pedro Prates. BH Primeira Luz é um recorte sobre como a verticalização do grande centro de BH altera a forma como a luz interage com a paisagem, as pessoas, os lugares e as cenas, assim refletindo sobre como se forma a interação cotidiana dos transeuntes com o espaço/luz. A exposiçao integra o projeto Mostra de Fotografia do Memorial Vale.
Pedro Prates é fotógrafo de rua há 4 anos. Foi membro do coletivo Co-fluir, pioneiro festival de fotografia de rua no Brasil; membro do coletivo de fotografia autoral Sô Fotocoletivo; professor integral da Escola Metrópole e fotógrafo freelancer há 5 anos.
ATÉ 03/12 – EXPOSIÇÃO REINADO DE CHICO CALÚ, DE PATRICK ARLEY
Até dia 3 de dezembro o Memorial Vale mostra em seu site a exposição de fotografias “Reinado de Chico Calú”, de Patrick Arley. Nesse trabalho o fotógrafo traz, através de imagens dos festejos, ritos e do cotidiano, um pouco da história da Guarda de Moçambique e Congo de Nossa Senhora do Rosário e Sagrado Coração de Jesus - Irmandade Os Carolinos, a terceira mais antiga de Belo Horizonte ainda em atividade, fundada em 1917. A proposta é valorizar e divulgar a cultura congadeira, ampliando o seu alcance, valorizando uma das irmandades mais antigas e representativas de Belo Horizonte e de Minas Gerais. Apesar da importância dos reinados/congados mineiros como um todo, as guardas ainda são desconhecidas nas partes centrais de Belo Horizonte e encontram diversas dificuldades para acessar os espaços, mecanismos e políticas públicas e privadas de incentivo à cultura, tão importantes para a continuidade da tradição. A exposiçao integra o projeto Mostra de Fotografia do Memorial Vale.
Patrick Arley é mineiro de Belo Horizonte, nascido em 1980. É antropólogo formado pela Universidade Federal de Minas Gerais, fotógrafo e integra a Guarda de Moçambique e Congo de Nossa Senhora do Rosário e Sagrado Coração de Jesus - Irmandade Os Carolinos desde 2014. Como fotógrafo dedica-se há mais de uma década a pesquisas visuais no campo da foto-etnografia, além de fotografia documental e teoria da imagem; com ênfase no universo cultural e religioso negro, especialmente em Minas Gerais, região nordeste do Brasil e em Moçambique, no continente africano, onde residiu e trabalhou por um período de oito meses.
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