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TEATRO EM MOVIMENTO APRESENTA “CARANGUEJO OVERDRIVE”,
COM O PATROCÍNIO DO ITAÚ E DA OI

 

“Caranguejo Overdrive”, premiado espetáculo do grupo Aquela Cia de Teatro, abre a programação do "Teatro em Movimento” neste segundo semestre de 2016, ano comemorativo dos 15 anos do projeto. Na peça, o protagonista é Cosme, ex-catador de caranguejos no mangue carioca da metade do século XIX. Convocado para integrar as forças brasileiras na Guerra do Paraguai, enlouquece no campo de batalha, volta ao Rio e encontra uma cidade em grande transformação. Sucesso de público e crítica, vencedora dos prêmios Shell, Cesgranrio, APTR e Questão de Crítica, em diversas categorias, montagem traz os traços de linguagem que caracterizam o trabalho muito original d’Aquela Cia - dispositivos hipertextuais e a relação com a cultura pop contemporânea. Em Belo Horizonte, serão duas apresentações no Grande Teatro do Sesc Palladium, dias 23 e 24 de setembro: sexta e sábado, às 21h.  Para essa montagem será montada arquibancada no palco e a plateia do teatro será reduzida para 120 assentos.

 

O "Teatro em Movimento” apresenta o espetáculo com o patrocinado do Itaú e da Oi, via Leis Federal e Estadual de Incentivo à Cultura.

 

No elenco, a experiente Carolina Virguez – vivendo a prostituta paraguaia e a cientista - contracena com Eduardo Speron, Matheus Macena, Fellipe Marques e Alex Nader, sob a direção de Marco André Nunes. Para construir a história de "Caranguejo overdrive", o autor Pedro Kosovski pesquisou a história dos manguezais cariocas em busca de um ponto de partida para falar sobre a importância da cultura dos mangues também no Rio de Janeiro e no Recife, principalmente por meio das canções e referências a Chico Science e ao geógrafo Josué de Castro. No texto, Cosme é um homem, ou um caranguejo, ou um soldado, ou um operário. Mergulhado na guerra, sofre um colapso; de volta à cidade onde nasceu, encontra um Rio de Janeiro em convulsões urbanísticas – uma cidade, para ele, irreconhecível e com sabor de exílio. Cosme, ex-combatente da Guerra do Paraguai, dispensado por ter enlouquecido na batalha, volta nos anos 1870 ao Rio. Procura o Mangue–a parte da cidade então chamada Rocio Pequeno, hoje a Praça 11 - e se emprega na construção do canal que representou a primeira grande obra de saneamento do Rio. Mais uma vez é presa de uma crise – abandona tudo, vaga pela noite, mergulha no delírio. Apanhado por uma tempestade dessas tão conhecidas dos cariocas, torna-se enfim um caranguejo.

 

Duas referências se impõem na proposta de “Caranguejo Overdrive” – a primeira, a do Manguebeat de Chico Science, uma fusão de música eletrônica e tambores de maracatu. Mais uma vez, a música em cena compõe a performance, com Felipe Storino (guitarra e direção musical) à frente. São todas canções/trilhas originais, tocadas ao vivo, dialogando com a performance dos atores.

 

Outra referência dá-se com o trabalho do geógrafo Josué de Castro, em sua dura poética, aqui um trecho que serviu de mote para a peça:  “A lama dos mangues de Recife, fervilhando de caranguejos e povoada de seres humanos feitos de carne de caranguejo,pensando e sentindo como caranguejo. São seres anfíbios - habitantes da terra e da água, meio homens e meio bichos. Alimentados na infância com caldo de caranguejo - este leite de lama -, se faziam irmãos de leite dos caranguejos. [...] A impressão que eu tinha era a de que os habitantes dos mangues - homens e caranguejos nascidos à beira do rio - à medida que iam crescendo, iam cada vez se atolando mais na lama”[1] .

 

Prêmios e indicações

“Caranguejo Overdrive" foi vencedor do Prêmio Shell em três categorias (Direção, Texto, e Atriz) além de indicação para categoria Ator; no Prêmio Cesgranrio venceu em duas categorias (Direção e Texto), além das indicações para Espetáculo e Ator; foi vencedor do Prêmio APTR, nas categorias Autor, Direção e Atriz, tendo recebido também indicação para a categoria Melhor Ator e Melhor Espetáculo. Recebeu, ainda, cinco indicações para o Prêmio Questão de Crítica (Espetáculo, Direção, Texto, Atriz e Direção Musical).

 

Críticas 

"Conhecida por obras impregnadas de arrojo cênico, a Aquela Cia. de Teatro alcança plenamente neste drama a harmonia tão frágil entre comunicação com o público e desbravamento sem concessões" | "Caranguejo Overdrive: espetacular montagem da Aquela Cia. de Teatro mescla linguagens com efeito avassalador" (Rafael Teixeira – Veja Rio)

 

"Bem escrito, contendo ótimos personagens e uma ação (não-linear, fragmentada) que prende a atenção do espectador desde o início, Caranguejo Overdrive exibe mais uma boa direção de Marco André Nunes". |"Sob todos os aspectos, estamos diante de uma das montagens mais instigantes da atual temporada." (Lionel Fischer)

 

"Em Caranguejo Overdrive, Marco André Nunes e Pedro Kosovski traçam uma instigante conexão entre o Rio de Janeiro da segunda metade do século XIX e o Manguebeat." | "(...) Marco André Nunes extrai de uma espacialidade básica imagens poderosas (como a de um homem coberto de lama imóvel)." (Daniel Schenker)

 

Ficha Técnica: 

Texto: Pedro Kosovski |Direção: Marco André Nunes I Com Carolina Virguez, Alex Nader, Eduardo Speroni, Fellipe Marques, Matheus Macena / Músicos em cena: Felipe Storino, Maurício Chiari , Samuel Vieira e Pedro Nêgo / Direção Musical: Felipe Storino | Iluminação: Renato Machado /Instalação Cênica: Marco André Nunes Ideia Original: Maurício Chiari / Produção: Aquela Cia. e Núcleo Corpo Rastreado/ Produção local: Rubim Produções / Realização: Teatro em Movimento com patrocínio do Itaú e da Oi, com recursos das Leis Estadual e Federal de Incentivo à Cultura

[1] A DESCOBERTA DA FOME - Prefácio ao livro Homens e Caranguejos, Lisboa 1966.

[2] Cronologia completa no final do texto

 

Serviço: “Caranguejo Overdrive”

Estreou em junho de 2015, comemorando os 10 anos  de Aquela Cia de Teatro. 

Neste espetáculos será montada arquibancada no palco e a plateia será reduzida para 120 assentos.

Duração: 50 minutos / Classificação: 16 anos

Dias/horários: 23 e 24 de setembro - sexta, às 21h e sábado, às 20h

Local: Sesc Palladium: Rua Rio de Janeiro, 1046, Centro

Ingressos: R$30,00 (inteira) - R$ 15,00 (meia)

Vendas: bilheteria do teatro - www.ingresso.com e www.teatroemmovimento.art.br

Meia entrada válida para: maiores de 60 anos. E para estudantes devidamente identificados, válida até 40% dos ingressos vendáveis do teatro (conforme DECRETO no 8.537, de 05 de outubro de 2015).

 

Link com vídeo de divulgação do espetáculo: https://vimeo.com/135373142

Informações para a imprensa:

AB Comunicação e Cultura

Jozane Faleiro (31) 992046367 – 35676714 - 32611501

jozane@ab.inf.br

 

 

Teatro em Movimento

 O projeto Teatro em Movimento, coordenado pela Rubim Produções, de Tatyana Rubim, foi criado há 15 anos, com o objetivo de descentralizar o acesso às grandes montagens do eixo Rio-São Paulo, promovendo a circulação dos mesmos para Belo Horizonte que tornou-se, ao longo do tempo, praça relevante para a apresentação de importantes repertórios. Além disso o projeto também atua em outros Estados e o outras cidades. Desde então, contabiliza 176 montagens, que somam mais de 522 apresentações, envolvendo cerca de 550 artistas, em 14 cidades, 27 teatros e público superior a 380 mil pessoas.

 

Inicialmente, atuando em Minas Gerais e seu entorno, o projeto trouxe à capital mineira e algumas cidades do interior, espetáculos com peso nacional, tendo no elenco atores como Bibi Ferreira, Selton Mello, Renata Sorrah, Thiago Lacerda, Grace Passô, Débora Falabela, Yara de Novais, Mateus Solano, Glória Menezes, Antônio Fagundes, Nicete Bruno, Paulo Goulart, Marco Nanini, Luana Piovani, Lilia Cabral, Rodrigo Lombardi, Cláudia Raia, Marisa Orth, Paulo Gustavo, Julia Lemmertz e muitos outros.  Dentre os espetáculos que o projeto deslocou para a capital mineira estão “Hamlet”, “Incêndios”, “Esta Criança”, “Gonzagão – a Lenda”, “Bibi Ferreira – Histórias e Canções”, “Quem Tem Medo de Virgínia Woolf”, “O Grande Circo Místico”, “New York, New York”, “Bem-vindo, Estranho”, “Milton Nascimento – Nada Será Como Antes”, “Cassia Eller – o Musical”, “Azul Resplendor”, “Poema Bar” e muitos outros.

 

O projeto também já atuou em outras cidade brasileiras, como São Luiz (MA), Vitória (ES) e Aracajú (SE), Corumbá(MS), São Paulo (SP), Mangaratiba (RJ), Canaã dos Carajás.(PA)  Em Minas Gerais, além de Belo Horizonte, o projeto atua ou já atuou em Imperatriz, Açailandia, Paraopebas, Mangaratipa, Itabirito, Mariana, Ourilandia, Ouro Preto, Araxá, Tiradentes, Betim, Contagem, Ipatinga, Nova lima e Juiz de fora. Os resultados do projeto vão além da inclusão das cidades na circulação das montagens. A iniciativa possibilita a formação de um espectador mais crítico e de um público mais preparado e habituado a lotar as salas dos teatros. A ideia é consolidar o hábito de ir ao teatro e fomentar a cultura das artes cênicas, por isso os espetáculos acontecem ao longo do ano e não concentrados em um curto período como nos festivais. O teatro, sendo um agente de transformação social, é capaz de atuar como um difusor de ideias e de cultura podendo ser usado como um instrumento de comunicação. Para ratificar a potencialidade de transformação social e cultural do teatro e colocar em prática os objetivos do projeto, o Teatro em Movimento ainda promove, sempre que possível, oficinas gratuitas, palestras e workshops para profissionais da área e interessados. Dessa forma, cria-se uma rede de circulação de informação fortalecendo a possibilidade de sustentabilidade do setor cultural.

 

Aquela Cia de Teatro

Ancorada a princípio nas relações entre teatro e literatura,Aquela Cia. – nascida da reunião de artistas vindos das várias escolas de teatro do Rio – montouem 2005 o Projeto K. (a partir da vida e obra de Franz Kafka); vieram em seguidaSub:Werther (interpretação do romance Os Sofrimentos do Jovem Werther, de Goethe, a partir dos intertextos do livro Fragmentos de um Discurso Amoroso, de Roland Barthes), Lobo nº1 [ A Estepe] (baseado no romance de Herman Hesse), Do Artista Quando Jovem (em torno do universo literário de James Joyce).

 

Em 2011, a linha de trabalho passou a investigar a relação entre teatro, música e espetacularidade, com Outside, um musical noir (a partir do encarte do álbum homônimo de David Bowie), Cara de Cavalo(que narra a trajetória trágica do inimigo público nº 1 do Rio de Janeiro em 1964, e suas interlocuções com a obra do artista Hélio Oiticica) e Edypop(explorando o encontro imaginário entre o mais pop dos herói gregos, Édipo, e o mais trágico dos artistas pop, John Lennon). [2]

 

Desde o primeiro momento, a linguagem singular da companhia se definiu. “Somos movidos pela ideia de construir um espetáculo através de um processo aberto, que se renova a cada ensaio, onde atores e músicos são também criadores”, diz Marco André. “As contribuições de toda a equipe estão presentes na dramaturgia e na elaboração final da cena feita pela direção”.

 

A música, sempre com banda em cena, em trilha e canções originais ou arranjos novos, “desde sempre, desempenha uma função quase narrativa”, explica Pedro Kosovski. “É uma dramaturgia musical no atravessamento entre teatro e música”.

 

 

2015

•     Ocupação Aquela Cia - 10 anos no Espaço Sesc: estreias de Laio & Crísipo e de Caranguejo Overdrive; oficina (Processos Criativos Aquela Cia: Escrever, Compor e Pensar a Cena); lançamento do livro Cara de Cavalo, de Pedro Kosovski, pelo selo Dramaturgias da editora Cobogó

•     Edypop no Festival Sesc Palco Giratório – Porto Alegre, Theatro São Pedro

 

2014

•     Estreia, em Janeiro, Edypop com texto de Pedro Kosovski e direção de Marco André Nunes, no Espaço SESC.

•     Temporada de Edypop no Espaço Cultural Sergio Porto, Rio de Janeiro.

•     Edypop no Festival Sesc Teatro na Contramão, Escola SESC, Rio de Janeiro.

•     Festival Sesc Palco Giratório, espetáculo Cara de Cavalo, Porto Alegre.

•     Oficina de Dramaturgia no Teatro Dulcina, a convite da curadoria Dulcinavista, RJ.

•     Processo Criativo de Caranguejo Overdrive, na ocupação Dulcinavista, Rio de Janeiro.

 

 

2013

•     Residência artística (Processos criativos da Aquela Cia. de Teatro) em Petrópolis e Arraial do Cabo na programação do Circuito Estadual das Artes da Secretaria Estadual de Cultura do Rio de Janeiro

•     Segunda temporada de Cara de Cavalo, texto de Pedro Kosovski e direção de Marco André Nunes, no Galpão das Artes do Espaço Tom Jobim.

•     Cara de Cavalo vence do Prêmio Questão de Crítica – Dramaturgia e Direção Musical  - e indicação ao Prêmio Shell 2012  - Melhor Texto.

 

2012

•     Estreia Cara de Cavalo, no Espaço SESC.

•     Oficina ministrada no Espaço SESC  sobre os processos criativos da companhia

 

2011

•     Estreia de Outside, um musical noir, texto de Pedro Kosovski, com direção de Marco André Nunes, no Espaço Tom Jobim.

•     Outside concorre a duas indicações ao Prêmio Shell 2011 (Cenário e Iluminação), quatro indicações ao Prêmio APTR (Texto, Direção Musical, Ator Coadjuvante e Figurino), quatro indicações ao Prêmio Questão de Crítica (Dramaturgia, Direção Musical, Cenário e Figurino).

•     Apresentação no Festival de Teatro de Angra dos Reis (FITA). Indicado a nove categorias do Prêmio FITA (Espetáculo, Direção, Texto, Ator, Atriz, Cenário, Figurino, Direção Musical, Voto popular)

 

2010

•     Estreia Do Artista Quando Jovem, texto de Pedro Kosovski e direção de Marco André Nunes no Espaço SESC.

•     Segunda temporada Do Artista Quando Jovem, no teatro O Tablado.

 

2008

•     Ocupação do teatro Gláucio Gill a convite da FUNARJ – apresentação do repertório, programação de espetáculos e realização de eventos, num período de quatro meses.

•     Apresentação das peças do repertório da Companhia -  Projeto K., texto de Walter Daguerre e direção Marco André Nunes  e  Sub:Wether, texto de Walter Daguerre e direção Marco André Nunes.

•     Estreia Lobo nº 1, texto de Walter Daguerre e Pedro Kosovski com direção de Marco André Nunes.

 

2006

•     Segunda Temporada de Projeto K, no Teatro Maria Clara Machado / Planetário.

•     Estreia Sub: Werther, no Teatro Maria Clara Machado/Planetário.

•     Duas Indicações de Projeto K. ao Prêmio Shell 2005 (Texto e Iluminação)

 

2005

•     Formação da  Aquela Cia. de Teatro.

•     Estreia Projeto K no Espaço SESC.

 

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