“O caderno do papai”
Carlos de Brito e Mello retorna à literatura com livro infantil sobre paternidade
Literatura? Sim! Filhas e filhos? Sim, sim! E combinam? Claro que sim! Passados oito anos desde “A cidade, o inquisidor e os ordinários”, romance finalista dos prêmios São Paulo de Literatura e Portugal Telecom de Literatura, o escritor Carlos de Brito e Mello prepara-se para o lançamento de seu primeiro título infantil, “O caderno do papai”, que acontece no próximo dia 24 de julho, sábado, às 11h, na livraria Quixote, pela Acolá Editora.
Mais do que uma obra que aborda a experiência de paternidade específica de Carlos, “O caderno do papai” se apresenta como um comovente flagrante da relação de partilha que tem início com o nascimento de uma criança – e o consequente nascimento do pai - na construção de um amoroso texto comum, feito de impressões que o afeto fabrica, mistura e propaga.
Terceiro livro da série iniciada por “Tic-tic, o elástico invisível do coração” e “Mamãe Bel”, de Graziela Andrade, ambos da Acolá Editora, “O caderno do papai” começa com a descoberta de um intrigante caderno pelos personagens Liz e Tom. A curiosidade dos dois irmãos, que os leva até o papai Hugo, revela que o companheirismo é um laço que se escreve por muitas mãos, interminavelmente.
A publicação d’ “O caderno do papai” marca também um momento novo na carreira de Carlos de Brito e Mello e na trajetória da Acolá Editora. A partir de agora, ele assume definitivamente o cargo de editor, tornando-se responsável pela produção dos novos livros da casa, que já está recebendo manuscritos.
Conheça a Coleção Tic-Tic, além dos outros títulos da Acolá Editora, e entenda como a família do papai Hugo, da mamãe Bel, da Liz e do Tom lida com questões como o amor, a produção de laços, a independência e a saudade.
Sobre a Acolá:
A Acolá Editora tem como objetivo levar ótimas histórias para crianças dentro e fora do Brasil, investindo na criação literária e na excelência editorial, além de apoiar e realizar, decisivamente, todas as atividades envolvidas no processo de elaboração do livro. Apostamos na diversidade, na valorização da cultura brasileira e no compromisso com a difusão da língua portuguesa, neste mundo que é de todos nós.
Serviço
“O caderno do papai” também marca o retorno da Livraria Quixote ao modo presencial de lançamentos de livro, observados os devidos cuidados para evitar aglomerações. Para quem prefere acompanhar à distância, o evento contará com uma live, no dia 21 de julho, quarta, às 18h, no perfil @acolaeditora. Livros assinados pelo autor podem ser entregues diretamente na casa dos leitores.
Livraria Quixote, sábado, 24 de julho, entre 11h e 14h
Endereço: rua Fernandes Tourinho 274, Savassi
Live: quarta, 21 de julho, 18h30 - @acolaeditora
Os livros da Coleção Tic-Tic
O Caderno do Papai – R$ 37,90
Mamãe Bel – R$ 37,90
Tic-Tic: o elástico invisível do coração – R$ 37,90
Promoção de Lançamento: os 3 livros por R$ 96,00
Site: www.acolaeditora.com / Instagram: @acolaeditora
Além do site da editora e da livraria Quixote, os livros podem ser encontrados nas lojas Leitura, do Boulevard Shopping e do Pátio Savassi.
Informações para a imprensa: Luz Comunicação - @luz.comunica
Jozane Faleiro - jozane@luzcomunicacao.com.br - 31 992046367
Sobre os autores da coleção Tic Tic
Carlos de Brito e Mello é pai de Isadora e Helena. Nasceu em Belo Horizonte, em 1974, onde reside. É escritor, artista plástico e psicanalista. Doutor em Comunicação Social pela UFMG, defendeu a tese “Reverbera o verbo-estrondo ante o Fim: figurações da palavra aguilhoada na obra de Arthur Bispo do Rosário”. Publicou “O cadáver ri dos seus despojos” (contos, Editora Scriptum, 2007), “A passagem tensa dos corpos” (romance, Companhia das Letras, 2009) e “A cidade, o inquisidor e os ordinários” (romance, Companhia das Letras, 2013). Foi finalista dos prêmios São Paulo de Literatura (2010 e 2014), Jabuti de Literatura (2010) e Portugal Telecom de Literatura (2010 e 2014). Nas artes plásticas, desenvolve projetos relacionados, especialmente, à escrita, ao desenho e à pintura, além de iniciativas de performance e ação urbana.
Graziela Andrade é artista e professora da Licenciatura em Dança da UFMG, doutora pela UFMG e Paris-Est, tendo atuado também no Programa de Pós-graduação em Artes (PPGArtes), da Escola de Belas Artes da UFMG. Pesquisou por cerca de uma década as relações entre o corpo e as tecnologias da informação, experimentando-as através de criações em dança. Casada com Carlos de Brito e Mello, é mãe da Isadora e da Helena, corresponsáveis por torná-la escritora de literatura infantil e também artista plástica. Lançou recentemente o infantil “Mamãe Bel” (2021) e ano passado deu início a coleção Tic-Tic com o livro “O elástico invisível do coração” (2020). Publicou ainda, como resultado de suas pesquisas os livros “Corpografias em Dança” (Scriptum, 2017) e “Corpographies en Danse” (L’Harmattan, 2015), resumo de sua tese publicado em Paris. Recebeu bolsa de fomento da Biblioteca Nacional que dará origem ao seu próximo lançamento infantil ainda este ano.
Entrevista com o ator Carlos de Brito e Mello
Fale sobre a concepção do livro O caderno do papai, ele integra a coleção Tic Tic. Do que se trata a nova obra e de que forma ela se integra aos demais livros da coleção?
“O caderno do papai” surgiu de um desafio proposto pela minha mulher, Graziela Andrade, autora de “Tic-tic, o elástico invisível do coração” e de “Mamãe Bel”, de criar uma continuação para os dois livros que ela já tinha escrito, a partir da perspectiva de um pai. Então, introduzi na família a figura do papai Hugo, que se tornou também uma maneira de falar um pouco da experiência, que vivi e vivo diariamente, de ser pai de duas meninas. Decidi entrelaçar, no livro, duas das dimensões mais centrais da minha história, a paternidade e a escrita, na invenção de um caderno que fosse encontrado por dois irmãos e que reunisse, amorosamente, os traços que os conectam ao pai.
Você é autor consagrado em publicar livros para adultos. O que o levou a se lançar também na literatura infantil?
Minha chegada à literatura infantil é tributária, em primeiro lugar, do contato com as obras que marcaram a minha vida de pequeno leitor. Mas é uma consequência, sobretudo, da experiência de paternidade, que transformou minha vida radicalmente.
Qual o desafio em escrever para crianças?
Em “O caderno do papai”, eu senti que escrevia mais com a criança do que para a criança, ou seja, que escrevia com as crianças que me fizeram pai. Posso dizer que não acredito que o leitor seja tão somente o destinatário do texto, mas um integrante dele desde o início. Nesse sentido, o exercício mais importante que pratiquei durante o processo de escrita foi, sem dúvida, o do despojamento: a criança inventa, imagina, fábula, mas, ao mesmo tempo, é aguda. Ela mira no essencial.
Além de escritor, você também é jornalista e agora se lança também como editor na Acolá Editora. Como está sendo este novo trabalho, conte sobre a atuação na editora.
Como escritor, a gente está sempre editando as próprias obras, né? Mas o desejo de voltar a trabalhar profissionalmente com edição, podendo me dedicar também às obras de outros autores, era grande. Na Acolá, lançados os primeiros títulos e com a chegada de novos projetos, senti necessidade de ir para a linha de frente da produção editorial, atuando desde a seleção de originais até a publicação. Contamos com uma estrutura de trabalho enxuta, mas dinâmica e precisa, que recebeu investimentos recentes, a fim de garantir a qualidade dos livros.